Da Mantiqueira
Foi com sorriso que você me veio, com jeitos de veraneio e moradia em peito de papelão, papel de pão e muito espaço pra acontecer. Desses que se molham com chuva cor-de-parque, na tarde... e não reparte os abraços vestidos na multidão. Aconteceu que desse jeito, o meu caminho é a leveza que meus dias me contam, das histórias que meus ouvidos encontram sob as pedras da memória e eu, meu bem, só vou leve porque já disse e digo mais: toda leveza é uma bagagem saborosa que nos mantem no chão, mas nem tanto. Nos mantém livres e vento. Porque o bom da vida não acontece com lamento e esse, é só o nosso feitiço contra o tempo. Largue então os prantos que venha a ter, os desajustes diários e deixe as vestes reluzirem a luz de todas as esquinas, as paisagens e a estrada que só se curvam para se tocarem breve. Liberte as dúvidas e o esquecimento e supere as desavenças porque no fim, todo sim é um mundaréu de possibilidades que balançam brandas em suas varandas de águas claras. Chuva branca que